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Desenvolvimento da estratégia “1+4” vai fazer regressar talentos locais, dizem autoridades

2023-12-01 Fonte: Ponto Final

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Face às críticas da deputada Song Pek Kei sobre os “efeitos limitados” da promoção do regresso a Macau dos quadros qualificados locais, a Comissão de Desenvolvimento de Quadros Qualificados afirmou que a evolução das indústrias-chaves da política “1+4” vai criar novas oportunidades para os talentos residentes, o que pode fazer com que voltem para trabalhar na região.

A Comissão de Desenvolvimento de Quadros Qualificados (CDQQ) admite que o espaço de desenvolvimento da carreira é um factor importante para o regresso de talentos locais que se encontram no exterior. A Comissão acredita, no entanto, que a estratégia actual de desenvolvimento imposta pelo Governo, denominada “1+4”, possa “produzir uma atractividade relativamente elevada” para trazer à volta os quadros qualificados a Macau.

Ao citar os resultados de um estudo conduzido pela Comissão há três anos, o CDQQ apontou que o elemento que afecta o regresso de quadros qualificados, nomeadamente meia-idade e jovens, reflecte-se no “âmbito de desenvolvimento profissional”.

O organismo, em resposta a uma interpelação escrita da deputada Song Pek Kei, explicou assim que, sob a política da diversificação económica “1+4”, o Executivo tem um planeamento e preparativos destinados a vários sectores emergentes, incluindo o turismo e lazer integrado, ‘big health’, financeira moderna, tecnologia de ponta, bem como convenções, exposições e comércio, e de cultura e desporto.

“Consoante o respectivo desenvolvimento dessas indústrias-chave, serão proporcionadas, também, mais oportunidades de desenvolvimento adequadas aos residentes de Macau que se encontram no exterior, bem como aumentada a atractividade para o regresso de quadros qualificados”, garantiu.

A Comissão mencionou ainda que colaborou em 2019 com o antigo Fundo do Ensino Superior para organizar o “Programa do prémio para pessoal docente, investigador e administrativo que regressa a Macau para trabalhar num curto prazo”, que visa promover o regresso ao território dos residentes de Macau que trabalham na área administrativa e na educação bem como investigação no exterior.

Na mesma linha, as autoridades revelam a possibilidade de criar mais planos congéneres no futuro atendendo à situação real de Macau, destinados ao regresso dos quadros qualificados das indústrias-chave da “1+4”.

A deputada salientou que o Governo criou uma vez grupo especializado para o incentivo ao regresso de talentos, bem como concluiu o estudo sobre o plano de acção de incentivo, e um plano de acção quinquenal de formação de quadros qualificados.

“No entanto, os efeitos não foram os melhores e a taxa de regresso dos quadros qualificados locais ainda tem grande margem para desenvolvimento. Olhando para as respectivas páginas electrónicas, verifica-se que muitas actividades não foram actualizadas, o que dificulta o acesso às informações sobre o regresso de quadros qualificados a Macau, e não se vê qualquer política para aumentar a taxa de regresso”, criticou.

A Comissão, ao contrário da perspectiva da deputada, disse que foi promovido entre 2016 e 2020 o “Plano de Acção Quinquenal do Programa de Formação de Quadros Qualificados a Médio e Longo Prazo em Macau”, no qual foram lançados concretamente 129 projectos até Julho de 2020. De acordo com o organismo, entre os projectos cerca de 70% são de natureza permanente e anual, e aproximadamente 97% “atingiu o resultado previsto”.

“O Governo da RAEM tem vindo a promover, sucessivamente, os trabalhos inerentes à captação e ao regresso de quadros qualificados, medidas essas que se destinam a aumentar, através de vários meios, a atractividade da sociedade de Macau, para impulsionar o desenvolvimento diversificado e adequado da economia de Macau”, reiterou.